Milho enfrenta estagnação no Sul com queda nas ofertas e impasse nos preços

O mercado de milho permanece travado em boa parte das regiões do Sul do Brasil, reflexo da combinação entre resistência dos produtores em conceder descontos, condições climáticas desfavoráveis e um desalinhamento entre oferta e demanda.

No Rio Grande do Sul, as negociações seguem estáveis, com valores que variam entre R$ 66,00 e R$ 69,00 por saca, dependendo da região. Os produtores se mantêm firmes nas pedidas, que ficam entre R$ 65,00 e R$ 70,00, mesmo com o consumo de maio praticamente atendido. Há baixa disposição para aceitar reduções nos preços.

Em Santa Catarina, mesmo com uma safra recorde, o ritmo dos negócios segue lento. No Planalto Norte, agricultores pedem R$ 82,00 por saca, enquanto as ofertas não passam de R$ 79,00. Na região de Campos Novos, os preços solicitados oscilam entre R$ 83,00 e R$ 85,00, frente a ofertas CIF que giram entre R$ 79,00 e R$ 80,00. A média estadual caiu para R$ 72,00, com cotações que variam de R$ 62,00 a R$ 77,13, conforme a localidade.

No Paraná, o cenário não é diferente. A colheita avança em ritmo lento, pressionada pelas condições climáticas, o que reflete diretamente na paralisação do mercado. A resistência dos produtores em reduzir os preços também resulta em queda nas cotações. No Oeste, a saca foi negociada a R$ 59,36, recuo de 1,17%. Na Região Metropolitana de Curitiba, o preço ficou em R$ 61,46 (-1,13%), no Norte Central a R$ 60,32 (-1,15%), e no Centro Oriental a R$ 61,10 (-1,13%).

O cenário geral é de estagnação no mercado de milho, sustentado pela resistência dos produtores, somado aos efeitos do clima e ao desalinhamento entre o que é ofertado e o que o mercado está disposto a pag