A cotação da soja encerrou o pregão desta quinta-feira (29) na Bolsa de Chicago (CBOT) com leve alta e comportamento misto, refletindo as incertezas no cenário comercial dos Estados Unidos. De acordo com dados da TF Agroeconômica, o contrato de julho — referência para a safra brasileira — subiu 0,31%, cotado a US$ 1.051,75 por bushel, enquanto o contrato de agosto avançou na mesma proporção, chegando a US$ 1.048,50.
No mercado de derivados, o farelo de soja registrou valorização de 0,92%, sendo negociado a US$ 296,40 por tonelada curta. Por outro lado, o óleo de soja recuou 1,10%, fechando em US$ 48,39 por libra-peso.
O dia foi marcado por oscilações moderadas, em um mercado que buscou ajustes técnicos após quedas expressivas na sessão anterior. A indefinição sobre a política tarifária norte-americana gerou volatilidade. Mais cedo, uma decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA havia suspendido temporariamente algumas tarifas, o que trouxe certo alívio. Contudo, no fim do dia, a medida foi revertida pelo Tribunal de Apelações, reestabelecendo as tarifas e aumentando a cautela para os próximos pregões.
Além do cenário comercial, as condições climáticas também pressionaram o mercado. Inundações no estado do Arkansas impactaram cerca de 31% das lavouras, segundo levantamento da Universidade do Arkansas, com prejuízo estimado em mais de US$ 79 milhões, afetando diretamente a oferta da safra americana.
Diante deste panorama, analistas acompanham a possibilidade de retomada dos preços. Para Naomi Blohm, consultora sênior da Stewart Peterson, o mercado está próximo de romper o patamar atual, sustentado tanto pelas adversidades climáticas quanto pelas incertezas geopolíticas..