O dólar encerrou a sessão de segunda-feira (16) cotado a R$ 5,4861, a menor cotação desde 7 de outubro de 2024, quando tinha sido cotado a R$ 5,4859. A queda representa uma desvalorização de 1,03% no dia e acumula recuo de 11,23% em 2025 .
Ao longo do pregão, a moeda oscilou entre mínima de R$ 5,4856 e máxima de R$ 5,538, por volta das 10h15, mostrando tendência de baixa diante do movimento intenso de entrada de capitais e fatores externos favoráveis .
Especialistas apontam que o cenário que favorece o real envolve três frentes: fluxo financeiro estrangeiro robusto, redução da aversão ao risco com maior busca por ativos de mercado emergentes, e dados firmes vindos da China e do agronegócio brasileiro A balança comercial do Brasil registrou superávit de US$ 1,215 bilhão na segunda semana de junho, segundo o MDIC .
No front externo, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas caiu abaixo de 98 pontos, reforçando o enfraquecimento global da divisa americana. Internamente, a expectativa pelo Copom e pelo Federal Reserve, com decisões previstas para esta quarta (18), mantém o real no radar dos investidores
Entretanto, economistas alertam que possíveis choques, como mudanças no cenário fiscal, conflito no Oriente Médio ou notícias inesperadas sobre juros americanos, ainda podem influenciar o câmbio. No Boletim Focus mais recente, a mediana para o dólar ao fim de 2025 permanece estimada em R$ 5,77