Os contratos futuros de milho na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) encerraram a sessão de sexta-feira (30) em alta, refletindo a valorização do dólar, que aumentou a competitividade do grão brasileiro no mercado internacional. Apesar do avanço diário, o saldo mensal foi negativo, pressionado pelo início da colheita da segunda safra no Brasil e pela tendência de baixa nos mercados externos ao longo de maio.
O contrato com vencimento em julho de 2024 fechou cotado a R$ 62,95 por saca, registrando alta de R$ 0,23 no dia, mas acumulando queda de R$ 0,24 na semana e perda de 6,45% no mês. Já o contrato para setembro de 2024 subiu R$ 0,25 no dia, encerrando a R$ 67,79, com leve alta semanal de R$ 0,06.
No mercado físico, o indicador Cepea apontou recuo de 3,08% na semana e expressiva queda de 13,95% em maio, refletindo a pressão da oferta com o avanço da colheita da safrinha.
Analistas destacam que, embora o dólar mais alto favorece as exportações, o aumento da oferta interna e a retração na demanda doméstica têm limitado os ganhos nas cotações. A expectativa é de que o mercado busque um ponto de equilíbrio nas próximas semanas, à medida que a colheita avança e os estoques se ajustam.