Os contratos futuros da soja encerraram o pregão de terça-feira (3) em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), refletindo preocupações com o clima nas regiões produtoras dos Estados Unidos e movimentos técnicos de recomposição de posições por parte de fundos de investimento. O contrato para julho, referência para a safra brasileira, avançou 0,70%, fechando a US$ 10,40 por bushel, enquanto o contrato de agosto subiu 0,68%, atingindo US$ 10,34 por bushel.
A valorização foi impulsionada por uma recuperação técnica após perdas acumuladas na semana anterior e por compras de oportunidade, especialmente no mercado de óleo de soja. Além disso, chuvas intensas no fim de semana em áreas produtoras dos EUA levantaram preocupações sobre possíveis atrasos no plantio e impactos na qualidade das lavouras.
No mercado de derivados, o farelo de soja para julho teve leve alta de 0,20%, cotado a US$ 294,50 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 1,15%, fechando a US$ 46,81 por libra-peso.
O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que 67% das lavouras de soja estão em boas ou excelentes condições, abaixo das expectativas do mercado. Esse dado reforçou as preocupações com o andamento da safra americana e contribuiu para a alta dos preços.
Analistas destacam que o mercado permanece atento às condições climáticas nos EUA, que podem influenciar o ritmo do plantio e o desenvolvimento das lavouras nas próximas semanas. A volatilidade nos preços da soja deve continuar, refletindo as incertezas sobre a safra americana e a demanda global pelo grão.