O dólar comercial encerrou a terça-feira (3) cotado a R$ 5,63, registrando a menor cotação em três semanas. A queda foi impulsionada pela expectativa de que o governo federal apresente alternativas ao recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aportes em planos de previdência privada do tipo VGBL. 

A medida, que previa a cobrança de 5% de IOF sobre aportes superiores a R$ 50 mil, enfrentou críticas de representantes do setor financeiro e de parlamentares. Diante disso, o Ministério da Fazenda anunciou o adiamento da cobrança para o dia 25 de junho, visando ajustes operacionais e diálogo com o Congresso Nacional. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que alternativas ao aumento do IOF estão sendo consideradas e podem ser antecipadas. A expectativa é que novas propostas sejam encaminhadas ao Congresso na próxima semana. 

A perspectiva de revisão na política fiscal contribuiu para a valorização do real frente ao dólar. Além disso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou alta de 0,56%, refletindo o otimismo dos investidores com a possibilidade de medidas que conciliem responsabilidade fiscal e estímulo ao crescimento econômico. 

Analistas destacam que a sinalização do governo em buscar alternativas ao aumento do IOF demonstra sensibilidade às demandas do mercado e pode fortalecer a confiança dos investidores na condução da política econômica. No entanto, ressaltam a importância de que as novas propostas mantenham o equilíbrio fiscal e não comprometam as metas de arrecadação estabelecidas para 2025.